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SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE CORAÇÃO DO HB DÁ ALTA HOSPITALAR AO PRIMEIRO PACIENTE TRANSPLANTADO
23/06/2017

Um mês após receber coração transplantado, cuja cirurgia foi realizada no Hospital de Base de Rio Preto (HB), o trabalhador rural aposentado Divino Ribeiro de Almeida, de 61 anos, teve alta hospitalar nessa sexta-feira, 23 de junho. Para Divino, é a vitória da vida. Para a Diretoria e profissionais da Funfarme é também uma conquista, sobretudo porque Divino foi o primeiro transplante feito após a reativação do Serviço, cujas atividades haviam sido interrompidas em 2013.

Diretores e profissionais do HB envolvidos no transplante e na recuperação pós-cirúrgica fizeram questão de encontrar-se com o paciente momentos antes de sua alta. “Ver o senhor Divino voltando para sua família é a recompensa pelo trabalho e dedicação de todos os profissionais envolvidos e pelo empenho das diretorias da Funfarme e Hospital de Base para que o Serviço fosse reativado em benefício de toda a população”, diz a Dra. Amália Tieco, diretora administrativa do HB.

Emocionado, Divino agradeceu a dedicação de todos os profissionais do hospital. “Só quero agora brincar com meus treze netos, o que aprendi é a dar valor a estar sempre com a família. Antes, só pensava em trabalhar. Família e saúde são os bens mais importantes da vida”, diz o paciente.

Divino foi o 90º transplante de coração do HB, o que reafirma a condição do complexo hospitalar da Funfarme como um dos centros de referência em transplantes de órgãos e tecidos do Brasil. Desde o primeiro procedimento, em 1990, o Hospital de Base e o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) já fizeram 4.774 transplantes de córneas, coração, fígado, medula óssea, pâncreas, pulmão e rim.

Morador de Tanabi, Divino é um sobrevivente. Ele teve uma miocardiopatia chagásica por 31 anos, o que comprometia o funcionamento do coração, o bombeamento de sangue para o corpo, e fazia com que dependesse de medicamentos para que o órgão funcionasse. O paciente estava internado na UTI do HB desde 21 de abril de 2017 e inscrito na fila de transplante desde 26 de abril.

Após 33 dias internado na UTI, recebeu a notícia de que surgira órgão compatível, de uma mulher de 27 anos, que morreu num hospital de Campinas, vítima de acidente automobilístico.

CAPTAÇÃO E TRANSPLANTE MOBILIZA DEZENAS DE PROFISSIONAIS

Para Divino continuar a viver, dezenas de profissionais se mobilizaram para a captação e transplante do coração, alguns muitas vezes anônimos aos olhos da população porque trabalham nos bastidores. Como, por exemplo, os profissionais da OPO (Organização de Procura de Órgãos do Hospital de Base), que coordenam toda a logística de transporte do órgão. Ou médicos anestesistas, enfermeiros e demais profissionais do centro cirúrgico, que participam do procedimento, junto com os cirurgiões cardíacos.

UM MÊS DE RECUPERAÇÃO

Tão importante quanto o transplante é o período pós-operatório, sobretudo as primeiras 72 horas. Mais uma vez, dezenas de profissionais são envolvidos para assegurar que o coração funcione bem. São médicos cardiologistas, intensivistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e assistentes sociais, estes últimos dedicados também ao atendimento à família do transplantado.

LUTA CONTRA O TEMPO

Como em todos os transplantes nos quais a distância entre doador e receptor é longa, a noite do dia 22 para 23 de maio foi uma corrida contra o tempo, contada em segundos, por todos os profissionais do HB envolvidos na captação do coração e seu transplante para Divino. Para que o coração seja transplantado em condições satisfatórias, entre a sua retirada do doador e o transplante para o receptor devem transcorrer, no máximo, quatro horas. Nessa madrugada, foram necessárias 3 horas e 15 minutos desde a retirada no hospital de Campinas até o HB, em Rio Preto, envolvendo transporte por veículos e avião.


Assessoria de Imprensa FUNFARME - Hosp. De Base