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Paciente virtual é testado pela primeira vez no Brasil
30/05/2016

Dentre as muitas novidades apresentadas no 37º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), que foi realizado entre os dias 26 a 28 de maio, na capital paulista, aconteceu a simulação da prática clínica no ambiente virtual.

Segundo o cardiologia da Socesp, Mucio Tavares de Oliveira Júnior, um dos responsáveis por trazer a tecnologia ao Brasil, o equipamento virtual é uma televisão de 56 polegadas, touch screen, que reproduz uma mesa clínica posicionada na vertical. Dependendo do exame, procedimento ou caso, tem como personagem um homem ou uma mulher.

“A mesa 2D reproduz algumas situações reais, como um paciente com falta de ar ou com dor. Se, na simulação, o cardiologista optar pela realização de um procedimento mais sério, como entubar o paciente, ele aparecerá com um tubo na boca, sedado e conectado ao respirador. É possível até mesmo simular casos de óbitos, embora não sejam adequados, pois o intuito é auxiliar no aprendizado e na discussão de casos clínicos. O instrumento permite a realização de exames como eletrocardiograma, avaliação e medicação de acordo com os sintomas apresentados, proporcionando uma discussão mais realista sobre a situação e não apenas hipóteses”, explica o médico.

A tecnologia, que pertence a um grupo português, foi utilizada pela primeira vez no Brasil. De acordo com o cardiologista, a inovação é tamanha que alguns dos mais importantes congressos internacionais, como o da American Heart Association, reservaram espaço especial para apresentação da simulação.

O cardiologista acredita que no país a invenção será bem aproveitada, uma vez que os profissionais brasileiros almejam interagir muito mais com o quadro clínico do que ficar discutindo ou assistindo a aulas. “É uma boa oportunidade para mostrar que a SOCESP está ciente das necessidades contemporâneas e que preza pela inovação e melhoria do serviço prestado à população”.

Ainda de acordo com Mucio, a mesa virtual é responsável por facilitar a interação no diagnóstico clínico, direcionando a discussão a uma situação mais realista. “O grande diferencial é a rapidez e facilidade de ser ter os exames em mãos, direcionando a discussão para uma situação mais realista e evitando possíveis erros. Isso é grande um avanço em comparação com os manequins utilizados em simulações de aprendizados médicos. Ela é uma mesa que funciona muito bem para todos os tipos de graduação, discussão de casos e centros de treinamentos, pois é adaptável a diversos níveis de dificuldade, podendo ser programada em graus de complexidade”.


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