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Em ato pelo SUS, grupo fecha faixas na Esplanada dos Ministérios

Ato pede ingresso de funcionários só por concurso e critica privatização. Militantes falam em sistema ameaçado não houve registro de conflito.

Manifestantes protestaram na tarde desta terça-feira (1º) na Esplanada do Ministério, no centro de Brasília, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as pautas defendidas pelo grupo estavam a manutenção do sistema público, o ingresso de trabalhadores na rede apenas por meio de concurso e a não privatização dos serviços.

 
De acordo com a Polícia Militar, havia 3 mil pessoas na marcha. A organização falou em 15 mil. O grupo fechou quatro das seis faixas do Eixo Monumental enquanto marchava no sentido Congresso Nacional. Até as 16h não havia registro de conflito.
 
Coordenador da Frente em Defesa do SUS (AbraSUS), Ronald Ferreira diz que a marcha reúne várias pessoas interessadas na defesa da saúde pública. “É uma frente que congrega gestores, pacientes e trabalhadores da classe. A Constituição está asfixiando os direitos públicos. Queremos a manutenção do sistema público. O sistema está ameaçado com tantas crises.”
 
A fisioterapeuta Ana Lucia de Matos viajou de São Paulo para Brasília para acompanhar o ato. “Pedimos o financiamento para o SUS, público integral e com participação social. O financiamento é fundamental para que todos tenham acesso a saúde. Não aceitamos privatizações. O ingresso dos trabalhadores tem que ser por concurso. Estamos em usuários, trabalhadores da Saúde e era para os gestores estarem aqui também.”
 
“O governo do Distrito Federal, principalmente, quer privatizar o direito do povo. Viemos de várias partes do Brasil para essa conferência nacional de saúde. Para defender a saúde pública", disse outra militante, que não quis se identificar.
A manifestação foi marcada por meio de redes sociais.

A concentração ocorreu às 14h30, em frente à Catedral Metropolitana. O ato ocorre até as 17h e termina em frente ao Ministério da Fazenda. De lá, o grupo segue para o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, para a abertura da 15° Conferência Nacional da Saúde.
 
A coordenadora da 15° Conferência Nacional de Saúde, Maria do Socorro Souza critica a queda nos investimentos na área.

“Houve cortes no orçamento do SUS no ano de 2015 e terá também no de 2016. Não podemos deixar que a crise afete a saúde brasileira, porque não é uma mercadoria. Os parlamentares que defendem o SUS estão aqui conosco. Não vamos pedir nada ao Congresso. É apenas um ato, uma caminhada para lembrar aos governantes dos direitos básicos do cidadãos.