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Manobra do Planalto pode devolver Marcelo Castro à Câmara

Ministro da Saúde é peça importante para ajudar no retorno de Picciani ao comando do PMDB na Câmara

Uma manobra ainda em estudo dentro do Palácio do Planalto poderá interferir diretamente nos arranjos da política local. Visando conseguir assinaturas suficientes para retornar Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à liderança do PMDB na Câmara, o Planalto pode devolver o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI) para que ajudasse nesse processo.

 
A manobra afetaria diretamente os interesses do governador Wellington Dias (PT), visto que o deputado federal Flávio Nogueira (PDT-PI) teria que retornar e ficaria novamente na suplência. Nogueira faz parte do grupo do PDT que apoia o governo petista no Piauí. Ele deixou a Secretaria de Turismo para assumir a cadeira em Brasília.
 
A volta de Marcelo Castro para a Câmara reforçaria esse apoio à Picciani. Mas, também não é vista com bons olhos pelo piauiense, que ainda busca se organizar na nova função.
 
Outro problema acarretado no processo seria travado entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB), já que poderia ser tratado como uma influência da petista nos assuntos internos do PMDB. Dilma e Temer seguem afastados por divergências políticas.
 
A volta de Picciani ao comando do PMDB na Câmara é tida como certa. O deputado conta com o apoio do governo e com os votos da maioria da bancada, além de outros deputados que já pensavam em migrar para o PMDB, por motivos políticos e eleitorais.
 
Segundo noticia a imprensa nacional, os parlamentares que foram contra a permanência de Picciani estariam arrependidos, visto que não condizem com a postura do novo líder de ir para o Conselho de Ética.
 
Para evitar que Picciani alcance o número de apoiadores desejável, o vice-presidente Michel Temer proibiu que novas filiações ocorram no partido. A decisão causou problemas internos e tem sido motivo para divergências entre os integrantes da sigla.