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HÁ CINCO MESES, SANTA CASA NÃO REGISTRA NENHUM TIPO DE INFECÇÃO EM CIRURGIAS LIMPAS

Desde março deste ano, a Santa Casa de Jahu mantém um importante índice, com o registro de zero infecções de sítio cirúrgico. As ISC estão relacionadas com a infecção do local operado após o paciente passar por uma cirurgia, e estão entre os tipos mais comuns de infecções hospitalares.

Esse número é referente às chamadas cirurgias limpas. A identificação é utilizada para classificar procedimentos em que não há contato com o sistema digestivo, respiratório e urinário, entre outras características, tendo um menor potencial de contaminação. Por exemplo: colocação de próteses, reconstrução mamária, remoção de varizes. O índice é acompanhado e precisa ser notificado mensalmente à Vigilância Epidemiológica do estado.

De março a julho deste ano, a Santa Casa realizou 423 cirurgias limpas e não teve nenhuma ocorrência de infecção. No acumulado do ano (janeiro a julho) foram 706 cirurgias e apenas dois registros de ISC, uma em janeiro e uma em fevereiro. No mesmo período de 2019, houve quatro infecções em um total de 1125 cirurgias.

O coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da Santa Casa, Dr. Daniel Márcio Elias de Oliveira, explica que todas as ações de combate às infecções de sítio cirúrgico devem ser adotadas. Ele comenta ainda que esses índices são ferramentas usadas pelos órgãos de vigilância para avaliar a qualidade do serviço prestado e o cuidado que os hospitais estão tendo com os pacientes.

“As ISC podem causar uma série de consequências aos pacientes, como uma recuperação mais demorada ou incompleta, maior tempo internado e até risco de vida, caso haja uma infecção mais grave. Aumentam os custos relacionados ao procedimento e eles não representam somente a parte financeira. Existe também o custo psicológico. Imagine, por exemplo, uma paciente que tinha o desejo de colocar uma prótese mamária e ocorre uma infecção. Provavelmente, ela vai ter que retirar a prótese, refazer a cirurgia. O impacto psicológico é enorme”, adverte.

O médico infectologista lembra que os índices de ISC na Santa Casa de Jahu já eram tradicionalmente baixos, fruto de um trabalho realizado pela SCIH em conjunto com diversos setores do hospital.

“Ao contrário de muitos hospitais brasileiros, a Santa Casa sempre valorizou muito o serviço de controle das infecções hospitalares. Quando assumimos o SCIH, em 2017, eu e a Dra. Paula Yukiko Tokunaga encontramos uma base de atuação muito sólida. E melhoramos ainda mais os índices, quando trabalhamos em parceria com as equipes do Centro Cirúrgico e da Central de Materiais e Esterilização. Além deles, o apoio da Mesa Administrativa, a aceitação e entendimento do Corpo Clínico, a adoção de protocolos e procedimentos, tudo isso forma um pacote para evitar as infecções de sítio cirúrgico”, encerra Dr. Daniel.

O vice-provedor da Santa Casa, Antonio Luiz Cremasco, parabenizou e agradeceu toda equipe de enfermagem do hospital pela adesão aos protocolos e também aos médicos do Corpo Clínico da instituição.

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