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Santa Casa de São Roque volta a atender pacientes na maternidade

Hospital é referência na região e é muito procurado por gestantes.

Prefeito agora analisa possível má gestão de dinheiro público.

A Santa Casa de São Roque (SP) voltou a atender pacientes na maternidade. Apesar de ser um alívio para os moradores, já que a unidade é referência na região, a situação financeira da unidade ainda é complicada. Por isso, um convênio entre as prefeituras vai ser firmado para que a gestão do hospital seja compartilhada a partir de janeiro.

 
A crise financeira foi o motivo do atraso no pagamento dos médicos, que entraram em greve no final de outubro. A dívida é avaliada em R$ 5,5 milhões. Para a direção do hospital, a saída foi cancelar o contrato com quatro empresas que eram responsáveis pelos médicos que paralisaram o serviço. "Vamos buscar para negociação desses débitos e honrar as dívidas de uma forma um pouco mais tranquila para o orçamento do hospital. Já contratamos novas empresas e já está tudo normalizado", afirma o interventor da Santa Casa, Francisco Tibiriçá. 
 
Com a contratação de novas empresas que terceirizam o atendimento médico, a rotina no pronto-socorro e na maternidade voltou ao normal. Durante quase um mês, gestantes tiveram que procurar atendimento em outras cidades porque o serviço foi interrompido.
 
Desde que o atendimento voltou ao normal, na última semana de novembro, 23 bebês nasceram no local, todos de outras cidades.
 
Pelo menos 40%  dos atendimentos são para pacientes das cidades de Alumínio, Mairinque e Araçariguama, mas segundo a diretoria da Santa Casa, as prefeituras não mandam dinheiro suficiente para pagar pelas consultas e internações. Acaba sobrando para prefeitura de São Roque que, por mês, gasta R$ 600 mil a mais do que deveria. 
 
Por isso, até o começo do ano que vem, a expectativa é que seja firmado um consórcio com as prefeituras das cidades que mandam pacientes à Santa Casa. "Já existe um documento, onde estaremos discutindo com os prefeitos que utilizam dos serviços da Santa Casa e a partir do momento que criar essa figura jurídica, nós faremos a gestão compartilhada em todos os sentidos: administrativo e também de rateio das despesas", explica o prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa. 
Costa ressalta ainda que uma auditoria foi feita na Santa Casa e constatou problemas de mau uso do dinheiro público. O valor seria de R$ 9 milhões. O documento será encaminhado ao Ministério Público.