Programa "Agora tem Especialistas" é discutido em audiência pública
10/09/2025

Com participação da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), foco de discussão, na ALESP, foi a adesão do setor filantrópico

As principais fragilidades enfrentadas pelo setor filantrópico de saúde para adesão ao programa "Agora tem Especialistas", do governo federal, foram discutidas em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na tarde de terça-feira (9). Com participação da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), representada por seu diretor-presidente, Edson Rogatti, a iniciativa foi organizada pelo deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT) e contou ainda com as presenças do

diretor do Departamento para Expansão das Estratégias de Qualificação da Atenção Especializada da SAES/Ministério da Saúde, Rodrigo Oliveira; da

superintendente estadual do Ministério da Saúde em São Paulo, Claudia Maria Afonso, além da deputada estadual e presidente da Comissão de Saúde da ALESP, Bruna Furlan; e os parlamentares Dr. Elton e Itamar Borges.

Na ocasião, Rogatti comentou que, do modo como o programa foi lançado, as Santas Casas encontram dificuldades para adesão. "O modelo de créditos e a limitação às OCIs (Ofertas de Cuidados Integrado) não respondem às nossas dificuldades financeiras. Se queremos ampliar acesso de forma concreta, precisamos garantir que os hospitais filantrópicos sejam incluídos como protagonistas, com contratos viáveis e previsibilidade de recursos. Pois não existe SUS sem as Santas Casas", falou.

Ao público presente - que envolveu gestores de diversas entidades filantrópicas do estado, Oliveira explicou como funciona o programa "Agora tem Especialistas" e o credenciamento das instituições. Segundo ele, os hospitais que aderirem terão condições especiais para regularizar suas dívidas. Entre os principais benefícios está a possibilidade de obter um período de seis meses sem a cobrança de juros e multas, além de uma redução de até 70% sobre esses encargos no valor total da dívida.

Outro destaque é o parcelamento, que permite o pagamento da dívida em até 145 parcelas, oferecendo mais fôlego financeiro às entidades filantrópicas.

"Estamos abertos em construir esse esforço e qualificar o programa", disse o representante do Ministério da Saúde.

As Santas Casas e hospitais filantrópicos são responsáveis por mais da metade dos atendimentos de média e alta complexidade do SUS, sendo, em muitos municípios paulistas, o único equipamento de saúde para atender à população.  "É responsabilidade de todos nós: sociedade, gestores e legisladores, garantir que esse patrimônio continue vivo. Estamos prontos para ampliar o acesso e qualificar ainda mais o atendimento", concluiu Rogatti.
 

Sobre a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo) 

Há 65 anos, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) trabalha intensamente pela melhoria, profissionalização e modernização da rede hospitalar paulista, buscando excelência no atendimento à saúde da população.

A Federação promove para as entidades beneficentes uma constante busca por recursos, atualização junto aos temas mais pertinentes relacionados à saúde e atuação intensa junto aos governos estadual e federal, agindo sempre em defesa dos interesses da classe hospitalar, sendo a voz das entidades filantrópicas junto aos vários segmentos da sociedade.

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