CONEXÃO FEHOSP realiza apresentação do NIFIPO, com foco em avanços e fortalecimento do setor oncológico
25/11/2025

Nesta segunda-feira (24), o CONEXÃO FEHOSP promoveu a apresentação do NIFIPO (Núcleo de Inteligência Filantrópica em Políticas Oncológicas), um projeto lançado pela Fehosp que concebido para ser um catalisador de melhorias na atenção oncológica brasileira. Mais do que um projeto, é um movimento para otimizar o acesso a cuidados oncológicos e aprimorar as políticas públicas de saúde. O núcleo também visa articular pleitos junto ao poder público para promover avanços na área.

A mensagem de boas-vindas foi feita pelo diretor-presidente, Edson Rogatti, que destacou a importância da união dos hospitais associados para dar voz e força à oncologia no estado de São Paulo e em todo o Brasil. A apresentação do NIFIPO foi conduzida pelo coordenador Tiago Farina Matos, com a participação de Cássia Montouto.

Os hospitais filantrópicos, que representam mais de 70% das cirurgias oncológicas, quase 80% das radioterapias e 70% das quimioterapias no estado de São Paulo, são essenciais para o SUS. O NIFIPO surge para criar uma inteligência coletiva dentro do setor filantrópico, buscando construir políticas públicas de saúde mais eficazes. A colaboração entre essas instituições, sem concorrência comercial, permite a troca de informações e o fortalecimento da rede. Por isso, o NIFIPO busca dar voz a esses hospitais na tomada de decisões em políticas públicas.

Como funciona

O NIFIPO atua em duas frentes principais: advocacy e colaboração.

Advocacy: Atuar junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para levar a perspectiva dos hospitais filantrópicos na construção de políticas públicas justas e eficazes em oncologia. Não é possível construir políticas robustas sem ouvir adequadamente os hospitais que realizam a maior parte dos atendimentos oncológicos do SUS.

Colaboração: Gerar intercâmbio de inteligência entre as instituições para transformar essas informações em propostas robustas para os tomadores de decisão, melhorando as políticas públicas. A vocação filantrópica permite essa colaboração única no setor.

Participação dos hospitais:

Os hospitais oncológicos filiados à Fehosp poderão se tornar membros do NIFIPO indicando até duas pessoas para participar das atividades e canais de compartilhamento de inteligência do NIFIPO. Para os temas médicos, recomenda-se a indicação do(a) Coordenador(a) ou Responsável Técnico(a) da Oncologia, ou, na impossibilidade, de um representante do corpo clínico. Para as discussões administrativas e regulatórias, sugere-se a indicação do(a) gerente ou coordenador(a) do serviço de oncologia. Em ambos os casos, é importante que o profissional escolhido exerça função de liderança e possua poder de decisão, ainda que delegado, garantindo contribuições qualificadas aos projetos e debates promovidos pelo NIFIPO.

Hospitais filantrópicos ainda não filiados à Fehosp também poderão participar da iniciativa, caso optem por se filiar à Federação, ampliando assim a rede de colaboração e fortalecimento do setor.

O NIFIPO está estruturado para ter transparência, compartilhando todas as ações, resultados, desafios e melhorias. Além disso, busca coerência e consistência nas atuações, utilizando insights semanais para planejar e revisar ações, e algoritmos (incluindo IA) para mitigar vieses e manter um tom institucional nas comunicações. O princípio fundamental é não deixar nenhum paciente para trás, buscando soluções sustentáveis que garantam o acesso ao tratamento necessário.

Projetos do NIFIPO

O NIFIPO estrutura seus projetos em ciclos de um ano. Os cinco projetos para o ciclo atual são:

1. Acesso efetivo a medicamentos oncológicos: tem o objetivo de garantir que pacientes atendidos por CACONs e UNACONs tenham acesso efetivo aos medicamentos oncológicos já incorporados ao SUS.
2. Participação em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS): A Fehosp participará de todas as consultas públicas relacionadas a tecnologias oncológicas (medicamentos, procedimentos, exames, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas). O objetivo é apresentar a perspectiva qualificada e embasada dos hospitais filantrópicos em todas as Consultas Públicas realizadas pela Conitec envolvendo tecnologias oncológicas, estabelecendo a FEHOSP como fonte de contribuição técnica relevante.
3. Grupos de Trabalho: Serão criados pelo menos três GTs temáticos com especialistas de hospitais filantrópicos para monitorar a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e propor melhorias para o aprimoramento das regulamentações. Os temas ainda serão definidos com flexibilidade para atender a necessidades urgentes.
4. Encontros presenciais do NIFIPO: Serão realizados três encontros presenciais de dia inteiro em diferentes hospitais filantrópicos, incluindo visitas guiadas, para fortalecer a rede filantrópica por meio de troca de experiências, disseminação de boas práticas e colaboração. O primeiro encontro está agendado para 2 de dezembro no Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, permitindo que os membros conheçam as instalações de oncologia e discutam tópicos relevantes do NIFIPO, promovendo a troca de inteligência entre os hospitais.
5. NIFIPOcast: Trata-se de um podcast com uma temporada inicial de pelo menos oito episódios para disseminar conhecimento, aprofundar discussões sobre políticas oncológicas, dar voz aos hospitais filantrópicos e ampliar o alcance das ações e debates promovidos pelo NIFIPO.

Para saber mais, acesse o site do NIFIPO: https://fehosp.com.br/nifipo.html