Fone: (11) 3242-8111 Fax: (11) 3112-0554 | Endereço: Rua Libero Badaró, 158 – 6º andar – São Paulo – SP

Apagão da mão de obra é tema de destaque do 24º Congresso da Fehosp
11/05/2015

Amanhã, 12, começa o 24º Congresso da Fehosp no Royal Palm Plaza em Campinas. O evento irá até o dia 15 de maio, e um dos temas de destaque é "O apagão da mão de obra na saúde". O palestrante confirmado Gonzalo Vecina Neto, do Hospital Sírio Libanês, fala um pouco sobre as principais dificuldades das instituições filantrópicas e como superá-las. Confira abaixo.
 
- O senhor será um dos palestrantes do painel O apagão da mão de obra na saúde e o script dos figurantes do nosso show. Pode nos adiantar algo de sua apresentação?
 
Essa questão do apagão depende do ângulo que olhamos. O aparelho formador passa a oferecer um profissional incompleto, que não está em condições de assumir suas funções dentro das expectativas que nós temos. Temos problema na formação da mão de obra desde a copeira até o médico. É um problema típico, pois tivemos uma expansão grande dentro do setor público e privado. Apesar do número de vagas nas faculdades, elas não conseguiram acompanhar.
 
O desafio do serviço de saúde é montar um processo de qualificação da mão de obra, temos que desenvolver estratégias para suprir deficiências que o mercado está apresentando. As deficiências podem ser supridas com fornecimento de cursos de especialização, residências e o desenvolvimento do serviço. 
 
- Em sua opinião, quais são as principais dificuldades das instituições filantrópicas hoje quando o assunto é mão de obra? Como superá-las?
 
O grande problema das entidades filantrópicas é conseguir articular os sistemas de financiamentos prestando serviços para o SUS e o SUS remunera cada vez pior. 
 
O grande problema é o financiamento de uma coisa a mais, a maioria das instituições filantrópicas tem um equilíbrio quase instável na sua sustentabilidade, para ela desenvolver mais essa atividade, é um desafio mais difícil de ser suplementado.
 
A aliança entre entidades numa mesma região ou cidade poderia ser uma solução para tentar enfrentar o problema. Nós no Brasil temos pouca atividade de construção de parcerias, há um tipo de competição “burra”, mas talvez seja uma forma de enfrentar esse subfinanciamento.