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Santa Casa de Piracicaba executa primeira cirurgia de pancreatectomia laparoscópica
27/03/2015

Foi um sucesso a primeira cirurgia de pancreatectomia laparoscópica realizada recentemente pela Santa Casa de Piracicaba, marcando o ineditismo do procedimento na cidade. O cirurgião geral e do aparelho digestivo Francisco Leal (CRM 89.499) que, ao lado do cirurgião Eduardo Trávolo (CRM 112.876), esteve à frente da equipe responsável pela iniciativa, explica que o método consiste na retirada de lesões do pâncreas juntamente com partes ou a totalidade do órgão acometido por neoplasias malignas ou benignas e pseudocistos. 
 
Ele revela que o processo cirúrgico se dá por intermédio de um videolaparoscópio, aparelho que permite a manipulação de órgãos de forma minimamente invasiva, sem cortes. “Cirurgias videolaparoscópicas são amplamente realizadas em Piracicaba; o que temos de inovador é o procedimento em si”, esclarece o cirurgião ao informar que, antes, este tipo de cirurgia era feita em campo aberto, com cortes, o que aumentava as chances de complicações. 
 
“O nível de agressão do novo método é infinitamente menor, permitindo uma melhor recuperação do paciente, com menos dor pós-operatória, mais liberdade de movimentos e menor exposição do interior do corpo ao meio ambiente”, justifica o cirurgião.
 
Ele explica que as câmeras disponibilizadas pelo equipamento melhora significativamente a exposição e visualização de órgãos internos, pois aumentam o seu tamanho em várias vezes e ainda permitem ‘zoons’ e angulações específicas que ampliam o campo visual e conferem mais segurança ao procedimento. 
 
Segundo ele, o aspecto social também deve ser considerado, tendo-se em vista que o paciente submetido a uma pancreatectomia laparoscópica voltará mais rapidamente a suas atividades de rotina, pois precisará de 15 a 20 dias para o completo restabelecimento, período que salta para 60 dias em cirurgias abertas. 
 
Outro fator positivo é a estética pós-operatório. “Ao final do procedimento, o paciente terá apenas 4 ou 5 orifícios minúsculos, em oposição aos cortes enormes necessários às cirurgias convencionais”, aponta Leal, lembrando que a paciente que inaugurou o procedimento em Piracicaba era uma mulher, jovem, de 29 anos.
 
Procedimento exige moderna estrutura hospitalar 

Para o provedor Adilson Zampieri, ao realizar a primeira pancreatectomia laparoscópica na cidade, a Santa Casa de Piracicaba marca mais uma vez o seu pioneirismo e contribui de maneira decisiva para a busca constante de níveis cada vez mais elevados na qualidade dos serviços de saúde que oferta à população de Piracicaba e região.
 
Ele lembra que este tipo de procedimento ainda é pouco difundido e realizado na maioria das cidades brasileiras, inclusive em boa parte das capitais por falta de estrutura, material ou mão de obra qualificada, e atribui o sucesso da iniciativa à qualificação profissional das equipes multidisciplinares e à completa estrutura hospitalar da Santa Casa, que dispõe de amplo e moderno centro cirúrgico e retaguarda de enfermarias e UTIs, que eventualmente possam vir a ser necessários no pós-operatório. 
 

*Informações da Santa Casa de Piracicaba